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// Não dá para ir sem (se) partir

  • Foto do escritor: Karina Copetti
    Karina Copetti
  • 28 de set.
  • 1 min de leitura

Atualizado: 4 de nov.


Na linearidade do calendário gregoriano não fazem trezentos e sessenta e cinco dias daquele outro dia. Precisei ser lembrada por outra mulher. O Direito ao Tempo. A mão dela tocou a minha quando veio ajudar a juntar pedaços. Me deixei cair tentando carregar mais do que conseguia. Chorei de alívio. Enquanto colávamos fragilidade e força, ela nomeou o novo objeto de paz. Chamamos de pazinha. Porque às vezes o diminutivo tem tanta grandeza que precisa daquele inho no final para ajudar a caber no peito.


Não dá para ir sem (se) partir.


Ao cruzar a fronteira, o cheiro do objeto fresco me lembrou das macieiras.


Do Tempo vivo.


Das maçãs vermelhas que tiramos e mesmo assim a macieira segue sendo Árvore.


E o que vai ao chão, Tempo. Decompõe. Fermenta.


O Corpo vivo a transcorrer livre.


A maçã quando cai, dá de comer à sua própria árvore.


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